Artigo de João Isaac
24-04-2019

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro desenvolveu uma capa para o volante capaz de controlar os sinais vitais do condutor. O dispositivo promete ajudar a contrariar as estatísticas que dizem que 20% dos acidentes são causados pelo cansaço. O têxtil da capa do volante inclui pequenos sensores que registam a condutividade elétrica da pele. As alterações registadas são associadas a padrões conhecidos do comportamento humano.

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Os sinais captados pela capa são analisados em tempo real por um algoritmo desenvolvido pelo Instituto Superior Técnico e pelo Instituto de Telecomunicações. Este consegue identificar se estão ou não associados a fadiga. Havendo sinais de cansaço, o sistema emite automaticamente um alerta para o smartphone ou smartwatch do condutor.

Eliminar os riscos associados à fadiga é o objetivo

“O protótipo transmite os dados via bluetooth, permitindo gerar notificações para o condutor. Num futuro próximo, será possível o sistema comunicar com o automóvel. Assim, será o computador de bordo a notificar automaticamente o condutor”, explica Helena Alves, coordenadora do projeto do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro.

A investigadora refere, também, que “o stress é efetivamente um perigo potencial na estrada. Porém, os principais riscos a prevenir com este sistema são as distrações, mas principalmente a fadiga na condução.” Para além disso, é também possível incluir feedback sob a forma de áudio ou vibrações para recuperar a atenção do condutor. O desenvolvimento deste tipo de soluções que analisam parâmetros biomédicos constitui valor acrescentado em termos de segurança rodoviária.

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